No distrito de Santa Terezinha, em Piracicaba, há uma grande praça onde há mais de 200 anos viviam negros fugidos da escravidão. O Parque Histórico Quilombo Corumbataí é um remanescente de atividade quilombola em área urbana. Devido a sua localização, é um dos mais importantes do país, segundo informações do professor de História, Noedi Monteiro.
O Parque é hoje uma grande área de lazer para a população do distrito. Possui playground, pista de skate, arborização, pista para caminhada, academia para 3ª idade e um grande espaço aberto e calçado para atividades culturais.
África em Piracicaba
Devido à história local, o Parque Histórico Quilombo do Corumbataí começou a ser reorganizado com algumas características que lembram a África. Por exemplo, foram plantadas ali espécies de árvores africanas, como Baobá, Kigela Pinnata, Estrelícia Branca, Dendezeiro, Acácia e Cacto Africano. O professor Noedi sonha em construir uma biblioteca temática no lugar.
Quilombo Corumbataí
A resistência negra na região levou à criação do Quilombo Corumbataí em 1750. Chegou a ter uma população de 5 mil moradores até ser destruído em 1804. Havia a suspeita de que os negros estivessem garimpando ouro. Por isso, o sargento mor de ordenanças Carlos Botelho (que hoje dá nome a uma avenida na região Central de Piracicaba) foi designado para a missão de atacar e destruir o quilombo.
O quilombo ficava próximo à confluência dos rios Corumbataí e Piracicaba. É considerado um marco zero da sesmaria do Corumbataí (1812-1821). Dali se alcançava as regiões onde hoje estão Araraquara, Barretos, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. Em 2009 a praça recebeu o nome de Parque Histórico Quilombo Corumbataí.
